quarta-feira, 3 de julho de 2013

Chefe da base da CBF incentiva "barcelonização" dos clubes brasileiros

Gallo no comando da seleção de base; técnico espera que clubes padronizem suas camadas menores

Se a Espanha não é exatamente o modelo para o Brasil pelas diferenças geográficas entre os dois países, o cuidado com a base do Barcelona pode, sim, servir de exemplo ao futebol verde-amarelo. Pelo menos é o que pensa Alexandre Gallo, técnico da seleção sub-20 e principal interlocutor de Felipão com a base da CBF, que incentiva os clubes a definirem um estilo próprio de jogo desde as categorias menores.
A ideia não é imitar o estilo dos catalães, que se consagraram abusando do toque de bola em todos os setores do campo. Na verdade, Gallo quer que os clubes imitem a padronização tática nas categorias de base, o que ajudaria na formação dos jogadores.
"O que eu tenho conversado com os coordenadores das equipes é isso, que tem de se criar uma maneira Internacional de jogar, uma maneira Fluminense, Corinthians. Cada um tem a sua característica bem identificada. Poderia criar uma maneira Grêmio de se jogar, por exemplo, e aí ter essa continuidade na categoria sub-13, sub-15 e sub-17. Você teria muito mais chances de obter êxito", avalia o treinador, que falou com a reportagem no saguão do hotel Sheraton, onde a seleção se prepara para a final da Copa das Confederações, no próximo domingo.
O Barcelona, exemplo usado por Gallo, é a base da Espanha, rival do Brasil na final marcada para o Maracanã. Da equipe que empatou com a Itália na última quinta e avançou nos pênaltis à final, seis são do time catalão, que assombrou o mundo nos últimos cinco anos sob o comando de Pep Guardiola.
Uma das características mais exaltadas desse domínio é o trabalho da base da equipe, origem da maior parte dos talentos do Barcelona. "É uma coisa bonita de se ver, até porque você vai assistir ao treino da base do sub-11 e joga-se igual até o principal", disse Gallo.
Essa orientação, segundo ele, já tem sido passada aos técnicos, mas será reforçada em um congresso técnico marcado para agosto. Se tudo sair do papel, Gallo pretende adaptar todos esses estilos para um modelo único na seleção. Na linha do que prega Felipão, o Brasil deve ser mais "pegador" nos próximos anos.
"Estamos criando uma situação de se jogar em um espaço de 25 metros, no contra-ataque, mas sem se furtar à nossa característica, que é a posse de bola. Nossos jogadores sempre vão estar à frente na questão técnica, mas a gente está equacionando para melhorar a questão tática", disse Gallo, que já usa como exemplo o time de Felipão.
"É como a seleção brasileira principal, que roubou 90 bolas no primeiro jogo. Quer dizer, a participação defensiva foi muito boa e o Felipão está conseguindo fazer isso. Os três C's, que antigamente eram capacidade em primeiro, comprometimento em segundo e caráter em terceiro, nós viramos de cabeça para baixo. O caráter tem de estar sempre em primeiro e o comprometimento em segundo. A capacidade o nosso atleta sempre vai ter", completou. 

Notícias do FLUMINENSE FC

Equipe juvenil do Fluminense vence segundo jogo na Copa Sub-17 Nacional do ES


Após estrear com o pé direito na Copa Sub-17 Nacional do Espírito Santo, os jovens guerreiros de Xerém voltaram a vencer na segunda rodada da competição. Em partida realizada na noite desta segunda-feira, 01/07/2013, no Estádio José Olívio Soares, a equipe tricolor bateu o Itapemirim por 3 a 1. Douglas, Felipe e Lucas marcaram os gols do Fluminense.
Na próxima rodada, nesta quarta-feira, 3, às 17h, o Flu enfrenta o América-MG. A partida será realizada no Estádio José Olivio Soares.
Texto: Comunicação Institucional – FFC

Revolução e salário de R$ 450: como Santos atraiu Neymar há quase 10 anos


Neymar em seus primeiros meses de Santos (Foto: Arquivo Pessoal)
Dez anos antes de se despedir de Neymar, o Santos se mexia para recebê-lo. O clube sequer sabia disso, mas o jogador seria o principal resultado de uma revolução nas categorias de base santistas entre os últimos meses de 2003 e o início de 2004. Uma história que se inicia, curiosamente, com o sucesso da dupla Diego e Robinho. Foi graças a seus dois maiores heróis da época que a direção santista se mexeu para dar margem ao projeto que redundaria em um novo craque.
Marcelo Teixeira, ávido por preparar novas revelações para o futuro do Santos, cedeu aos apelos de Alberto Vieira, então chefe das categorias de base santistas. O trabalho de formação tinha início apenas no Sub-15, mas Alberto queria mais: aprovou, mesmo com orçamento baixo à época, a criação das categorias Sub-14, Sub-13 e também Sub-12. Naquele momento, jogadores dessa idade atuavam apenas no futsal. A ideia era antecipar esse processo nos gramados.
Projeto aprovado, Alberto Vieira, conhecedor nato do futebol de base na Baixada Santista, iniciou a captação para dar início às três equipes. Era essencial ter três referências, jogadores de maior projeção e a quem também poderiam ser concedidos alguns privilégios. O meia Serginho (90), o meia Alan Patrick (91) e Neymar (92) foram eleitos as referências. O primeiro, depois de rodar pelo interior paulista, foi recentemente contratado pelo Palmeiras. O segundo, negociado em 2011 com o Shakhtar Donetsk. Sobre o terceiro, é desnecessário fazer qualquer comentário.
Alberto Vieira, acompanhado de Zito, se encantou com Neymar. Ele já fazia estragos pelo time de futsal da Portuguesa Santista e, por conta disso, ganhou bolsa de estudos no Colégio Liceu São Paulo. Tudo para que pudesse disputar as competições entre as escolas da região. Alberto também aceitou fazer concessões: conseguiu um salário de R$ 450 e em maio de 2004 assinou o contrato de formação que daria início a tudo.
Não é exagero dizer que o Santos se revolucionou, indiretamente, para ter Neymar. Tampouco é exagero dizer que ele revolucionou a base do Santos. Aos 13 anos, em 2005, já era empresariado por Wagner Ribeiro e foi levado ao Real Madrid na esteira da saída de Robinho. O convite para permanecer surgiu, mas ele optou em voltar ao Santos. Recebeu salários acima da média, luvas e, principalmente, pouco a pouco partes de seus direitos econômicos. Até chegar a 40%, em 2009, que foram negociados com a DIS.
Utilizar esse recurso como contrapartida foi algo extremamente embrionário à época e que Neymar só conquistou graças a seu talento. Disputou a Copa São Paulo com 15 anos, estreou entre os profissionais aos 16 e vingou. Reforçou no clube a cultura de que os craques em potencial devem ser rapidamente lançados. Por isso é que Victor Andrade (95) e Gabigol (96), os maiores talentos da base, estrearam na equipe de cima já aos 16. Este último, por sinal, exatamente no dia da despedida de Neymar.

Barcelona divulga fichas de Messi, Puyol e Xavi quando crianças

Clube catalão colocou em seu site oficial a imagem em comemoração a renovação dos três jogadores


Messi, Puyol e Xavi estão no Barcelona desde as categorias de base (Divulgação)

Crias da base do Barcelona, Messi, Puyol e Xavi renovaram seus contratos por mais algumas temporadas. Em comemoração à decisão dos jogadores de permanecerem, o clube catalão divulgou as fichas dos atletas quando crianças.
Dos três jogadores, Xavi é quem está há mais tempo no clube catalão. O meia de 32 anos chegou em 1991 a Barcelona. Já Puyol está desde 1995 e Lionel Messi chegou ao Barcelona em 2001.